Em 1974 eu com 22 anos jogando com botões de osso pela regra gaúcha conheci um garoto de 16 anos, chamado GILBERTO conhecido na época como beto. Pois bem, esta pessoa nunca mais deixou de me acompanhar em termos de jogo de botão ou como queiram futebol de mesa. Junto com outros garotos de sua idade Tompsom, Dempsem, Lori e mais alguns que não me lembro o nome, me apresentou e comecei a ensinar a regra para eles. Eles após alguns meses pararam BETO não. O mesmo me convidava então para jogarmos em sua casa pois ainda muito jovem não podia participar dos campeonatos que na época era praticado por pessoas adultas. Passou alguns anos eu parei de jogar BETO não. Em 1981 depois de assistir um campeonato na regra baiana com mudança total nas regras e também nos botões lá estava BETO mas aí já não era mais o BETO e sim por ter um tamanho avantajado virou BETÃO. Então na ARFM começamos novamente a jogar. Parei em 1987, BETÃO não, voltei no fim de 1988 e la estava BETÃO. Em 1993 BETÃO na AFUMERG eu na ARFM. Em 1994 BETÃO no SCRG me convidou para dirigir o departamento de futebol de mesa do clube. Em 1996 eu parei BETÃO não. Em 1997 BETÃO na AFUMERG eu havia parado, então ele fez eu retornar ao futebol de mesa. Durante os períodos juntos, viajamos representando nossas associações e clube. Ele ficava sempre do meu lado o pessoal até mexia comigo dizendo: arrumaste outro filho. Entrava na minha casa como se de casa fosse, sentava na cadeira do meu serviço como se trabalhasse ali e ficava as vezes toda manhã. Ali estava mais que um companheiro um AMIGO. E foi até o ano de 2004. Quando mais uma vez parei em 2005/2006 porém mantendo sempre contato e amizade com BETÃO. Em 2007 BETÃO junto com outros amigos na praia do cassino fizeram um campeonato em minha homenagem. Ele carregou mesas da cidade para praia e vice versa e me cobrou que eu deveria retornar. Pois bem, na minha volta o LADO MAIS TRISTE deste meu DEPOIMENTO. Por ironia do destino em um jogo brigamos e nunca mais nos acertamos. Embora que no ano de 2009 após ele nos ajudar na organização do encontro do grupo bola branca nossa convivência ficou um pouco melhor. Em 2010 voltamos a nos desentender após novo jogo e ai o rompimento total de nossa amizade. Ano de 2011 mês de julho dia 17 o falecimento do BETÃO. Este que foi o meu maior companheiro e melhor amigo e que nos conhecemos através do botão também por uma partida de botão acabamos brigado. Eu com meu jeito intransigente querendo tudo certo não soube entender o jeito dele que era descontraído. Até na sua vida particular e também profissional eu vivia aconselhando ele, como se fosse meu irmão mais novo por certo cometi exageros pela liberdade que tínhamos um para com o outro. Ele sempre dizia tu és meu amigo e irmão do botão e eu confirmava nossos irmãos de sangue nunca quiseram saber de jogar botão. Fica de tudo isto uma lição a AMIZADE deveria ter prevalecido. Estejas a onde estiveres, BETÃO, saibas que não deixaste de ser, embora com tudo que nos aconteceu companheiro, irmão e AMIGO. Levarei comigo esta CULPA de não saber te entendido em 37 anos de convivência. CONFESSO
Monteiro...
ResponderExcluirFosse meu primeiro professor na Regra Braileira, e ao ler teu depoimento, vi que tens muito mais a ensinar ao botonismo!
O que carregarei do Betão na minha vida? Sua simplicidade e seu modo apaixonado de levar o futmesa! Agora, o resto é apenas o resto...
Com a partida dele, vemos claro que nós botonistas devemos aproveitar cada instante os momentos em que estamos juntos, seja disputando uma partida, seja nos divertindo ao redor dela...
1 grande abraço
Alex Degani